quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Brasileiro prefere adquirir imóvel do que alugar


O aumento de linhas de crédito para financiamento da casa própria e a elevação no preço dos aluguéis têm sido os principais motivos para que os brasileiros prefiram adquirir um imóvel à locação. Pelo menos na Região Sudeste, esse movimento é comprovado por pesquisas que apontam as tendências do mercado imobiliário.

Realizado mensalmente desde janeiro de 2009 pela empresa de intermediação e consultoria de lançamentos imobiliários Lopes, que atua em 13 estados brasileiros, o Índice de Confiança do Comprador de Imóvel (ICCI) registrou crescimento de 1,9% em julho frente ao mês de junho. Avaliando a evolução frente ao mesmo mês de 2009, houve um salto de 8,9%.

A pesquisa, composta por seis quesitos, compreendeu perguntas sobre as situações atual e dos próximos seis meses da economia brasileira, situação financeira da família e intenção de compra de imóvel. Para realizá-la, foi feita uma amostra, em julho, com 532 residentes na Região Metropolitana de São Paulo que estão interessados em comprar imóveis. A margem de erro é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos, considerando o intervalo de confiança de 95%.

O mercado mineiro também está aquecido, conforme o diretor da Lopes Minas Gerais, Luigi Gaino Martins, e tem se consolidado como o que ele avalia como um dos mais pujantes do Brasil. “Graças a fatores como mais oferta de produtos em diversos bairros, o que aumenta o leque de opções e encaixa o cliente em seu perfil de desejo”, analisa.

Além disso, a oferta de crédito imobiliário, por parte das instituições financeiras, que aumentaram os prazos e diminuíram as exigências burocráticas, contribui para esse cenário. “E o mais importante: diminuíram as taxas de juros. Evidentemente, o fator macroeconômico é determinante nesse item”, completa.

Esse contexto, aliado ao aumento nos preços dos aluguéis, aumenta o otimismo para a compra de imóveis. Segundo dados da pesquisa realizada pela Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG) e pelo Instituto de Pesquisas Econômicas e Administrativas (Ipead) da UFMG, nos sete primeiros meses deste ano, o valor do aluguel residencial em Belo Horizonte acumula alta de 8,66%, enquanto a inflação no mesmo período, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-Ipead), foi de 3,58%.

Apesar de não dispor de dados regionalizados sobre o mercado imobiliário, as estatísticas da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) demonstram que o volume de crédito concedido para a compra da casa própria tem crescido. De acordo com levantamento da Abecip, o primeiro semestre foi o melhor da história dos agentes do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), com empréstimos de R$ 23,8 bilhões, 77% mais do que no mesmo período do ano passado. Foram financiadas 187,6 mil unidades, 51,5% acima do resultado do primeiro semestre de 2009. Fonte : Lugar Certo - 01/09/2010

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Asa Norte possui o m² mais caro da Capital

 Duas instituições deram o primeiro passo para reduzir a carência de estatísticas sobre o setor de imóveis do Distrito Federal, com o lançamento nesta quarta-feira (18/8) do Boletim de Conjuntura Imobiliária. A pesquisa, uma parceria entre o Sindicato da Habitação no Distrito Federal (Secovi-DF) e a Econsult, empresa de consultoria econômica ligada à Universidade de Brasília (UnB), mostra que a Asa Norte possui o metro quadrado mais caro do DF.

O boletim reúne informações sobre a realidade dos imóveis residenciais e comerciais de Águas Claras, Brasília, Ceilândia, Cruzeiro, Guará, Samambaia e Taguatinga. “Esses dados pretendem subsidiar os investidores, os consumidores, as incorporadoras e todos os outros atores envolvidos no mercado imobiliário”, afirma Carlos Hiram David, presidente do Secovi-DF.

A partir de uma amostra de 380 imóveis, o levantamento, referente a junho deste ano, identificou que quase metade das residências no DF (46%) é composta por apartamentos de dois, três e quatro quartos. Entre as cidades pesquisadas, Brasília registrou o metro quadrado mais caro para esses tipos de moradia, sendo a Asa Norte a área mais valorizada.

Na região, uma unidade de quatro quartos custa em média R$ 1.362.500 e o m², R$ 9.056. Já para apartamentos de três dormitórios, o Sudoeste é o bairro que possui os maiores preços: com um m² de R$ 7.758 e imóveis valendo em média R$ 826.070. O estudo não levou em conta os lançamentos. Segundo o diretor de projetos da Econsult, João Vítor Costa, os preços nos bairros das outras cidades não variam na mesma proporção que Brasília.

Para o chefe do Departamento de Economia da UnB, Roberto Ellery, ainda não é possível identificar tendências no setor a partir da pesquisa. “Esse é o primeiro boletim. Assim que divulgarmos outros, poderemos comparar os dados e tirar conclusões mais firmes sobre o mercado”, diz. A pesquisa será atualizada e divulgada mensalmente no site do Secovi-DF.

De acordo com o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do DF (Fecomércio-DF), Miguel Setembrino, somente até julho deste ano, o mercado imobiliário do DF faturou 3,2 bilhões com a venda de lançamentos. Em 2009, o lucro foi de R$ 4,3 bilhões. “O melhor investimento em Brasília é o imóvel. Devemos chegar a 6 bilhões até o fim deste ano”, comemora Setembrino.( Fonte : Site Lugar Certo - 19/08/2010 )

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Sem Bolha Imobiliária


A alta dos preços dos imóveis, sobretudo nos grandes centros urbanos como Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, não é resultado de uma bolha imobiliária semelhante à dos Estados Unidos, em 2007, que causou a crise financeira mundial, afirmou o ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda (1995/1998) José Roberto Mendonça de Barros. Para ele, o aumento dos preços dos imóveis se sustenta principalmente no crescimento da demanda e não representa, ao menos em médio prazo e mantidas as atuais condições, um risco à economia brasileira. “Nossos estudos sugerem que não existe uma bolha imobiliária no Brasil. Não há qualquer exagero no volume de empréstimos que estão sendo concedidos e a proporção de recursos próprios usados na compra de imóveis ainda é muito alta. Além disso, os financiamentos são bastante controlados e o país está crescendo, o que faz com que a massa salarial e a capacidade de pagamento aumentem”, disse o economista. ( Fonte - Site Lugar Certo - 12/08/2010 )

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Alta dos preços de imóveis não oferece riscos à economia brasileira, avalia Abecip

A alta dos preços dos imóveis, sobretudo nos grandes centros urbanos como Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, não é resultado de uma bolha imobiliária semelhante à dos Estados Unidos, em 2007, que causou a crise financeira mundial, afirmou hoje o ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda (1995/1998) José Roberto Mendonça de Barros.

Responsável pela empresa de consultoria MB Associados, contratada pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) para realizar um estudo sobre o setor, Barros avalia que o aumento dos preços dos imóveis se sustenta principalmente no crescimento da demanda - provocada, em parte, pelo aumento da renda da população e pelas melhores condições de crédito - e não representa, ao menos em médio prazo e desde que mantidas as atuais condições - um risco à economia brasileira.

De acordo com os dados apresentados nesta quarta-feira (11/8) pela Abecip, apesar do crescente volume de empréstimos, a inadimplência vem caindo ano a ano. Enquanto no ano de 2000, 12% dos contratantes deviam mais de três parcelas, no ano passado esse percentual caiu para 2,5%.

"Nossos estudos sugerem que não existe uma bolha imobiliária no Brasil. Não há qualquer exagero no volume de empréstimos que estão sendo concedidos e a proporção de recursos próprios usados na compra de imóveis ainda é muito alta. Além disso, os financiamentos são bastante controlados e o país está crescendo, o que faz com que a massa salarial e a capacidade de pagamento aumentem", disse o economista ao fim da apresentação dos resultados da concessão de crédito imobiliário e do desempenho da caderneta de poupança durante o primeiro semestre.

Segundo Barros, após décadas de baixo crescimento da construção civil no Brasil, o aumento do poder aquisitivo de parcela da população, a estabilidade econômica, a maior disponibilidade de financiamentos e a queda da taxa de juros (ainda considerada alta) permitiu o gradativo aumento da demanda por unidades habitacionais.

"De repente, o aumento substancial da demanda pressionou a produção, que ainda é pequena", disse, explicando que isso forçou a alta dos preços. Algo que continuará pelos próximos anos, mas que, de certa forma, de acordo com Barros, deverá ser compensado por um esperado crescimento da renda. A estimativa da MB Associados é de que a massa de renda dos trabalhadores brasileiros aumente, em média, 8% entre 2009 e 2015. ( Agência Brasil - 11/08/2010 )